segunda-feira, novembro 27, 2006

Liberdade


"Tu tens a liberdade de ser tu próprio, o teu verdadeiro EU" Richard Bach

Sentei-me no computaor e olhei pela janela... um mar de trabalhos para fazer e vontade zero. Reparei então que lá fora tudo se movia, enquanto em permanecia sentada a olhar para o ecrã. Apercebi-me que gostava de ser como as folhas do arbusto que abanam junto a janela... livre como os passaros que voam na imensidão do céu.
Dizem que somos livres. Mas seremos na realidade? "Presos" por um horário, numa cidade, com trabalhos para fazer... "Presos" pelas pessoas que nos rodeiam e pelos compromissos sociais... "Presos" por regras de etiqueta e bom comportamento, ou pelo menos, pelo bom senso... "Presos" no trânsito... "Presos" em casa num dia de temporal... "Presos" "presos" "presos"...

Mas afinal o que será a liberdade...? Eu sou livre mas sei que estou condicionada por um conjunto de coisas, por isso não sou... É estranho...mas vale a pena pensar nisto...

quinta-feira, novembro 23, 2006

Departed




Um filme de Martin Scorsese que conta com a presença de Jack Nicholson, Matt Damon e Leonardo di Caprio.

O jovem polícia Billy Costigan é infiltrado no bando de Costello, um chefe da Máfia local. Enquanto Billy ganha a confiança de Costello, Colin Sullivan, infiltrado na polícia como informador de Costello, ascende a uma posição de poder na Unidade Especial de Investigação. Cada um dos homens embrenha-se profundamente na sua vida dupla, recolhendo informações sobre os planos e operações de cada um dos lados. Mas, quando se torna claro, quer para os polícias quer para os gangsters , que existe uma ratazana entre eles, Billy e Collin passam a estar subitamente em perigo de serem descobertos. Assim, cada um inicia uma corrida para desvendar a identidade do outro a tempo de se salvarem. E chegam a estar mais próximos do que se pode imaginar...

Com um fim inesperado (pelo menos para mim), é um filme que recomendo vivamente...
O fogo
O fogo que na branda cera ardia,
Vendo o rosto gentil que na alma vejo.
Se acendeu de outro fogo do desejo,
Por alcançar a luz que vence o dia.
Como de dois ardores se incendia,
Da grande impaciência fez despejo,
E, remetendo com furor sobejo,
Vos foi beijar na parte onde se via.
Ditosa aquela flama, que se atreve
Apagar seus ardores e tormentos
Na vista do que o mundo tremer deve!
Namoram-se, Senhora, os Elementos
De vós, e queima o fogo aquela nave
Que queima corações e pensamentos.
Luís de Camões
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor Durou.
Mas o tempo passou, Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga

terça-feira, novembro 21, 2006

Não Basta


Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Alberto Caeiro

quinta-feira, novembro 16, 2006

Beijo


"Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascêssemos irmãos,
Aves, cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!...Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!..."


Florbela Espanca

Saudade

Hoje recebi um email que tinha um texto que me marcou particularmente, por isso gostava de partilha-lo convosco. E fazer dele também um pouquinho meu, numa mensagem para todos aqueles que são importantes para mim!!!


"Um dia a maioria de nos irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lagrimas, da angustia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje nao tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vao passar, meses... anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo... Um dia os nossos filhos vao ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem sao aquelas pessoas?" Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto! -"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um ultimo adeus de um amigo.E, entre lagrimas abraçar-nos-emos. Entao faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo (a) : nao deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... "